Chegados aqui, à cidade
atravessada pela imensidão dos mil e tantos km, em solo ucraniano, do 4º maior
rio da Europa, o rio Dnieper, o FCP pode fazer o chamado dois em um.
Se, inspirando-se na grandeza do
rio, na relevância cultural do
território e nas suas atuais capacidades, o Porto, o grande Porto(clube) tem
motivações que sobrem para alargar o seu já enorme prestigio.
De facto, este FCP, joga hoje
duas cartadas importantes a saber:
-1º O resultado desportivo é primordial não só
pelo apuramento matematicamente conseguido mas, também, pelo encaixe financeiro
que dai resulta. Quatro milhões e meio de euros é uma quantia que não pode nem
deve ser olvidada; 1+3,5=4,5€
2º- Esta equipa, onde se nota o
cunho pessoal de Vítor Pereira, está a precisar de um grande jogo europeu para
evidenciar todas as qualidades de que tem vindo a dar mostras..
Se, porventura, algumas dúvidas
ainda restam relativamente a competência do mister, elas poderão ser dissipadas
no jogo de hoje. Vítor Pereira, alvo de
muita contestação no inicio da sua carreira como técnico principal do FCP, tem
vindo, ao longo do tempo, com muita humildade, paulatinamente e muita
sapiência, a impor as suas ideias, a
formatar o estilo que pretende para a equipa e a exponenciar os recursos
humanos que tem sob o seu comando.
Depois das saídas de Falcão e,
posteriormente de Hulk, não faltou quem(os do costume) augurasse o fim, o
descalabro, a ruina do clube.
Ai Jesus(nada com o outro),
exclamaram uns!
Isto vai ser uma desgraça, terão
dito outros!
Houve quem prognosticasse o fim
de ciclo do FCP.
Entre uns e outros, ou todos em
conjunto, há um coisa em comum e que se prende com a total ignorância da
história do clube que, cada vez mais, ganha adeptos em todos os cantos e,
sobretudo, nos mais jovens.
Este Porto que nos tem vindo a
deliciar, que mais parece, como diz Manuel Serrão, uma orquestra de ópera, este
Porto, dizia, está a pôr ao de cima toda a sua qualidade e a dar mostras de que ainda há ali muita coisa
para se ver. Com Hulk era uma coisa, sem o nosso incrível, a equipa ganhou em
conjunto, ficou mais solidária, tem mais posse de bola, mais atitude e, isto, é
trabalho de Vítor Pereira. Não é por acaso que o mister fala com muita
frequência o quão é importante ter bola na maior parte do jogo.
Se bem consigo ler o que vai no
pensamento do treinador, algo me diz, correndo o risco de algum excessivo otimismo, que estamos em presença de uma
segunda edição barcelonesa
E para que tudo tenha
correspondência com descrito, é fundamental que abordemos o jogo de hoje como o
mais importante da nossa historia de 119 anos a vencer
E a vencer à Porto!
Jose Xavier