Ponto prévio que estou cansado de aturar falsos profetas que arrotam moralidade e se calam quando o caldo não lhes convém. O terceiro golo do FC Porto foi marcado em fora-de-jogo, sim, mas um fora de jogo tão ténue que não vi um único jogador do Benfica a protestá-lo. Mais protestos ouviu Pedro Proença minutos antes quando Cardozo jogou a bola com os dois braços dentro da sua área e o penálti devido ficou guardado na gaveta. A grande diferença é que a televisão que transmitiu a partida repetiu vezes sem conta o tento de Maicon e passou um único replay da acrobacia manual de Cardozo. Por isso, meus caros, erros de arbitragem houve, sim, mas prejudicaram os dois lados. Basta lembrar, por exemplo, que com 25 minutos (precisamente o tempo que o Benfica levou a realizar um remate à baliza) o FC Porto já tinha três jogadores amarelados, dois deles defesas, um deles, Rolando, por uma falta cometida a meio-campo!!!!
O FC Porto não ganhou por obra e graça de Pedro Proença. Essa é a desculpa dos fracos para camuflar o óbvio. Aliás, estou convencido que se Maicon não marcasse quando marcou, o FC Porto marcaria de qualquer forma até ao fim do jogo tal era a superioridade, o querer, a ambição, a postura altiva de campeão que evidenciava perante uma equipa que jogava em casa mas transpirava medo por todos os poros.
O maior mérito da vitória categórica do FC Porto pertence a Vítor Pereira. Que deu um banho táctico a Jorge Jesus – o tal que já tinha cometido o suicídio de colocar David Luiz a defesa esquerdo no Dragão e abriu alas para o nosso épico 5-0 e que agora voltou a demonstrar de que a sua auto-elogiosa superioridade táctica não passa de balela para encher capas de ‘A Bola’. Prova disso é a forma como o Benfica sofreu o segundo golo. Com a equipa a vencer 2-1, Jesus tem a inteligência de mandar quase todos os jogadores para a área adversária num lance de bola parada. Resultado, contra-ataque do FC Porto, James parte como uma seta desde a própria área, ninguém o pára, nem a Fernando, até à área contrária, porque estava tudo lá na frente, e golo. Obrigado, Jorge Jesus. Isto para não falar na constante burrice de colocar um defesa esquerdo mediano em detrimento de um campeão do mundo com provas dadas. Enfim, contentem-se com o homem, que eu contentar-me-ei enquanto ele continuar sentado no banco em que despeja sapiência saloia como quem se acha Deus da bola não se apercebendo do ridículo com que se cobre.
No entanto, o mais importante ainda não está escrito e tem que o ficar: Vítor Pereira ganhou sozinho o jogo. O seu, o nosso e o particular contra Jorge Jesus. Ao retirar Rolando e colocar James quando perdíamos 1-2, Vítor Pereira mostrou arrojo, e tantas vezes o critiquei esta época pela falta dele noutros jogos, e mostrou claramente que o FC Porto estava na Luz para ganhar e para de lá sair campeão. Colocou a cabeça no cepo, como o fazem os grandes líderes nas horas difíceis, e arriscou a jogada da sua vida. Se o FC Porto tivesse perdido, empatado até, não faltava quem hoje o estivesse ainda a crucificar. Ganhando esta mão, um autêntico all-in, tornou-se herói porque fez por isso, mostrando o que é o espírito FC Porto, afastando, até, cenários sobre o seu sucessor na próxima época. Aliás, não deixam de ser curiosos certos paradoxos do futebol: a glória de Vítor Pereira surge 24 horas antes de André Villas Boas, a quem muito devemos por nos ter dado tudo a época passada, ser despedido do Chelesa.
Finalmente, uma palavra para o senhor dos pneus que preside ao clube que veste de vermelho. Ao dizer o que disse sobre a arbitragem, Luís Filipe Vieira arrisca ser o responsável moral por nova agressão a Pedro Proença, que, recorde-se, muito recentemente foi agredido à cabeçada no Centro Comercial Colombo por um adepto assumidamente benfiquista. Desculpar-se com erros de arbitragem é do mais básico que existe no futebol. Personalizar esses erros ajuda a esconder misérias próprias e semeia ódios cujas consequências são imprevisíveis.
Mas é deixá-lo falar, a ele e aos seus acólitos, apesar do hálito a podre do que espalham pelo ar com declarações irresponsáveis que apenas servem para tapar os olhos a adeptos cegos toldados pelo ódio ao FC Porto. Quanto mais eles se entretêm a atirar para o ar alarvidades e concentram as suas atenções nos outros, neste caso em nós, e menos neles próprios, desconcentrados continuarão na correcção dos seus erros e nos darão a alegria de continuarmos a passear classe, saber e triunfos, as melhores armas contra a inveja permanente. Por isso, meus amigos, que continuem assim por muitos anos. Enquanto continuarmos a acrescentar troféus nas nossas prateleiras, eles continuarão a limpar o pó das da Luz.
Grande Pedro (permita-te o abuso), excelente texto, analise correctissima ao jogo, principalmente quando diz, e muito bem, que se o nosso FC PORTO não tivesse marcado naquele lance, fa-lo-ia num logo a seguir, disso pode ter quase a certeza, pois eu senti que iamos ganhar este jogo, principalmente depois daquela FANTASTICA substituição do VP, deixou-me de boca aberta e pensei logo duas coisas: ou vamos ser goleados ou vamos encosta-los às cordas e quando aqueles cepos num 3 para 1 não marcaram, pensei, pronto já não marcam e vamos a eles que vamos ganhar, mas porque não sinto eu os nrº do euromilhoes....
ResponderEliminarQuanto ao orelhas amigo, não adinat dizer ou fazer nada, aquilo vale menos que merda, basta ver tantas afirmações que ele disse desde que assumiu o clube da gaivota, a que eu mais gostei, ou 300 mil socios ou demito-me. Eles estão habituados ao colinho, e tiveram-no mas a diferença foi que nem assim nos conseguiram vencer. SOMOS PORTO
Grande abraço