segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Resgate... continuação - 10











Como já não há muito a dizer sobre o grande resultado de ontem, pois os numeros falam por si, deixo aqui a analise de Mario Fernando do jogo jogado do blog TSF:

E agora , Jesus? Pode parecer estranho começar com esta pergunta , depois do FC Porto assinar um momento histórico no campeonato (sim , ganhar 5-0 a um rival directo é histórico). Acontece que a forma como o técnico encarnado montou a equipa para o desafio do Dragão tem muito a ver com o desfecho da partida. E só não digo que tem tudo a ver , porque André Vilas-Boas deu a segunda lição da temporada ao seu homólogo da Luz. Se o triunfo do FC Porto na Supertaça tinha sido mau para o Benfica , o do campeonato foi péssimo. Vilas-Boas sabia exactamente o que fazer se Jesus repetisse a célebre invenção de Liverpool. E arrasou.

Hulk é uma figura marcante desta temporada. Não se pode dissociar a campanha brutal do FC Porto do facto do brasileiro estar a atravessar uma fase de inspiração invejável , é certo , mas também não se pode ignorar que Hulk , hoje , é um jogador que entende muito melhor a importância que tem a sua produção quando integrada num colectivo. Aliás , convém não esquecer que Hulk , Varela e Falcao (que até já faz golos à Madjer) marcaram , por junto , 22 golos. Isto significa que a preocupação de Jesus com Hulk talvez fosse algo redutora.

O problema é que o técnico do Benfica , ao colocar David Luiz no lado esquerdo da defesa (opção previsivelmente errada , desculpem-me a franqueza) mexeu com toda a equipa. Sidnei teve de ser o parceiro de Luisão , Fábio Coentrão teve de ir lá para a frente e , como se isto não bastasse , Saviola ficou no banco para dar lugar a Salvio. Todos vimos no que deu. E também todos vimos a forma como Hulk passou por David Luiz no primeiro golo e o buraco que ficou ali no meio para o remate de Varela. Devia ter sido o soar do alarme no banco encarnado , mas Jesus achou que não. Ao intervalo o FC Porto ganhava por três. Natural.

Acontece ainda que Vilas-Boas , seguro que o tridente atacante faria o seu trabalho tranquilamente face àquela defesa encarnada, apostou em Guarin para o posto do ausente Fernando. E , concordo com o técnico , é no meio-campo que o FC Porto destrói qualquer veleidade do Benfica. João Moutinho e Belluschi (com Guarin atrás) foram de tal modo fortes que parecia haver um vazio em toda a zona do miolo. Um vazio benfiquista , entenda-se. O Benfica queria "respirar" mas os portistas não deixaram.

Já agora , se quiserem dar-se a esse trabalho , comparem o comportamento de um lado e outro em todos os itens da avaliação que se faz a uma equipa durante um jogo (estou a falar de avaliação , não de estatística , que é coisa diferente). Vão chegar à mesma conclusão que eu : o FC Porto foi superior em todos. E é aqui que reside a grande explicação para uma goleada.

Só queria aproveitar para referir ainda a forma como os dois treinadores agiram no final da partida. Jorge Jesus , em momento algum , assumiu qualquer responsabilidade pessoal pela derrota. André Vilas-Boas sublinhou que vai ser preciso apelar à competência para segurar esta vantagem de dez pontos. Tirem as vossas conclusões.

Não vou afirmar que o título está entregue , mas estou convicto de que , se o FC Porto vencer as partidas que lhe faltam até ao final de Novembro , ninguém ficará em condições de impedir os portistas de serem campeões.


in - http://tsf.sapo.pt/blogs/jogojogado/archive/2010/11/08/ganhar-224-campe-227-o.aspx

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