terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ora bem, de maneira que é isto e um ponta-de-lança para a mesa junto ao balcão, pf

O FC Porto não empatou em Alvalade, o FC Porto deixou-se empatar e aceitou mansamente o resultado. Tenho pena que assim tenha sido, até porque como adepto não me resigno e considero que podíamos ter trazido outro resultado. Porque controlámos o jogo os 90 minutos, porque tivemos mais oportunidades que o adversário (pouquíssimas, porém), porque tivemos mais estofo de equipa que quer ganhar qualquer coisa, porque fomos melhores sem termos sido brilhantes.

Para ter saído de Lisboa com os três pontos na algibeira teria sido preciso colocar em prática o ‘algo mais’ que tem faltado em muitos jogos desta temporada. Não tivemos astúcia, calma tivemos pouca e discernimento que suplantasse o atabalhoamento ofensivo também.

O que faltou, e isso foi mais do que evidente, foi uma referência na área. Porque Hulk se perde como avançado centro – e com isso perde, e bastante, o FC Porto –, Djalma e Rodiguez (Cristian ou James, tanto faz) são nulidades quando fazem essa posição por pouco tempo que seja e Kléber é pouco maduro para assumir com clareza e calma de espírito uma posição em que, acredito sinceramente isso, brilhará intensamente daqui a umas épocas.

Falta, portanto, um ponta-de-lança. E não é de agora, é desde o início da época. Não peço desde então um novo Falcao porque alguém com a sua qualidade só nos calha em sorte de longe a longe – não é culpa de ninguém, é a beleza do sortilégio do futebol que assim o dita. Pedi e peço, isso sim, que sejam contratadas alternativas suficientemente credíveis para aquela posição. A crise é tão grande que até dei por mim a pensar a falta que Ernesto Farías nos faz…

O mais preocupante é que o FC Porto tenha iniciado Janeiro sem um ponta-de-lança contratado. Mais do que preocupante, é inadmissível. Até porque quanto mais avançarmos no mês, maior será o valor que um empresário chulo pedirá por um qualquer tosco que alguém cá venha parar. Honestamente, esta situação não seria possível no FCP de há uns anos, não assim tantos como isso. Então, se quase um semestre de futebol provasse que não havia ninguém no plantel que completasse as características para cumprir eficazmente a sua função, o staff portista teria trabalhado desde cedo para assegurar um reforço digno desse nome e o apresentado o mais depressa que o regulamento de transferências permite. Agora passou-se exactamente o oposto e temo o pior. Oxalá me engane.

Já agora, deixo uma sugestão. Ainda por cima à mão e, supostamente, em conta: chama-se Lima e joga no SC Braga. Desde os tempos do Belenenses que o vejo como jogador à FCP…

PS: Não gostei de ver Vítor Pereira culpar o árbitro pelo empate do FCP frente ao Sporting. Até que tivemos algumas razões de queixa, concordo, mas não fomos escamoteados de forma assim tão violenta para podermos atirar todas as culpas para cima do homem do apito. Perdemos dois pontos mais por demérito nosso do que por incompetência do árbitro, daí ser penoso ver o treinador atirar-se a Pedro Proença como quem se atira faminto de semanas a um prato de comida. Isto não é o Santa Clara ou o Espinho. É pena que, por vezes, Vítor Pereira ainda não o tenha percebido.

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