sábado, 5 de março de 2011

Excelente... mais uma.

O líder tarda mas não falha. Décima vitória consecutiva na Liga, afastando qualquer tentativa de pressão oriunda do sul. O F.C. Porto superou um minhoto europeu e fica a torcer pelo outro. Falcao e Cristian Rodriguez abateram o Vitória (2-0).

A espera foi longa. A estratégia de Manuel Machado amarrou um Dragão órfão de Hulk mas ruiu como um baralho de cartas, quando a segunda ofensiva azul e branca chegou à baliza de Nilson.

Foi, antes de mais, uma vitória de André Villas-Boas. Mexeu bem e provou ter um banco com soluções à altura, quando a ausência de Walter continua a incomodar. Guarín, Rodriguez e Ruben Micael, mais o resistente James, confirmaram o triunfo azul e branca.

Desespero antes de o ser

O F.C. Porto passara a primeira meia-hora a disputar território com o Vitória e meros quinze minutos a dominar por inteiro, ansiando por um golo em cima do intervalo. Não apareceu. Veio a segunda parte e novo ataque em força, que o jeito escasseava na fria noite de sábado.

O Vitória, constantemente reinventado por Manuel Machado, surgiu no Dragão com trincos (Cléber) disfarçados de centrais, laterais convertidos em médios ofensivos (Jorge Ribeiro) e falsos avançados a aparecer de todo o lado, sem ordem previsível para os adversários.

Belluschi a menos

Quando os adeptos vitorianos ocuparam o seu sector no recinto portista, a equipa visitante estava por cima. E assim esteve, a espaços, obrigando o F.C. Porto a pensar duas vezes antes de subir o bloco rumo à baliza de Nilson. Qualquer deslize redundaria num contra-ataque letal, percebeu-se.

Falcao teve duas oportunidades na primeira parte, Alvaro Pereira uma. Ambos tomaram decisões erradas, Nilson fez o resto para conservar o nulo. No reatamento, como referido, o F.C. Porto correu contra o tempo e a perspectiva de aflição.

André Villas-Boas não perdeu a aposta em Maicon, sentando Otamendi no banco, mas James Rodriguez tardou em apagar a memória de Hulk. Se Belluschi estivesse nos seus dias, esta realidade seria coberta pelo manto do espectáculo. Não estava, longe disso. Foi o primeiro a sair, quando o técnico decidiu mexer.

Ruído rapidamente abafado

Guarín entrou em campo quando os ponteiros do relógio começavam a ameaçar. Varela, um dos mais inconformados nesse período, abandonou o terreno de jogo pouco depois, por troca com Cristian Rodriguez (65m). Os adeptos estranharam. E James, fica em campo? Fica.

Em três minutos, os treinadores de bancada perceberam que nem tudo vem nos livros, ou nos jornais. Villas-Boas acreditou em James e o miúdo estendeu a passadeira para o golo de Radamel Falcao. Bola em profundidade, remate cruzado, 1-0!

Em Olhão, o F.C. Porto marcou na mesma altura, mais segundo menos segundo, já com o banco a render juros.

Lençol remendado

Manuel Machado mexera em dose dupla, ainda antes do tento inaugural, mas o Vitória pouco fizera nos segundos quarenta e cinco minutos. Aceitou a pressão do F.C. Porto e acreditou em demasia na falta de inspiração. Momentânea, lá está. Cléber, central adaptado, não teve pernas nem soube cobrir espaço no remate de Falcao.

O jogo terminou aí. A estratégia vitoriana passava por um lençol esticado, depois encolhido e, quando quis alargar de novo, já estava furado. Os dragões perceberam e atacaram com método, sem loucuras.

Quando James cedeu o seu lugar a Ruben Micael, recebeu uma ovação e não palmas tímidas. Mérito de Villas-Boas, antes de mais. Varela estava em crescendo e seria uma substituição facilmente condenável. Assim, mão à palmatória. A chave do encontro ficou nas mãos do colombiano e do incontornável Falcao.

Ruben Micael comprovou a noite inspirada do técnico azul e branco. Perdeu tempo num lance, ganhou noutro ao isolar Cristian Rodriguez para o 2-0. Festa completa no Dragão.

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