domingo, 25 de setembro de 2011

Primeiro jogo e o melhor nas Antas

Olá a todos!

Em primeiro lugar, gostava de agradecer o convite que me foi dirigido pelo João Carlos. É com todo o gosto que escrevo n' O Mundo Azul e Branco. É um prazer estar convosco.

Chamo-me Gustavo Rossi, sou de Santo Tirso e tenho 40 anos de idade. Sou sócio do FC Porto desde o dia 31 de Outubro de 1973, n.º 7029 e, enquanto a Troyka deixar, proprietário de DragonSeat. O meu pai, que é portista fervoroso, sócio há mais de 50 anos, não deixou por mãos alheias esta escolha e deu-me a grande alegria de me fazer portista. É que naquela altura, em cada 10 miúdos, 8 eram vermelhos e os outros 2 eram lagartos. De vez em quando lá aparecia um portista. Tive essa sorte:)))

Aprendi a nadar aos 4 anos nas piscinas do FC Porto e fui ver o meu primeiro jogo com 6 anos de idade. Jogamos contra o Belenenses, em Abril de 1978. Ganhamos 6-0 num dia solarengo de primavera, jogado à tarde como era o futebol ainda não controlado pelas televisões.

Entrar no Estádio das Antas foi incrível, era imenso, cheio de gente, eu, agarrado à mão do meu pai, a tentar perceber como é que ele sabia onde era o nosso lugar. Chegámos à nossa cadeira e vi pela primeira vez o relvado. Era enorme! Espectacular. Não dormi nessa noite e na escola não falava de outra coisa. Foi a grande aventura!

Desde então, muitos anos se passaram, com vitórias incríveis e algumas (muito poucas) desilusões. Jogos passados à chuva, equipados com oleado amarelo, no topo da arquibancada, ao frio e à chuva, ao lado dos nossos, estávamos 4 malucos aos gritos pelo Porto.

O jogo mais extraordinário foi o 5-0 do Dragão, mas essa estória ficará para outra oportunidade. O jogo mais incrível que vi nas Antas foi o jogo com a Lázio de Roma, para a UEFA de 2003. Recuperar a vantagem a uma equipa italiana era tarefa quase impossível, porque o cinismo italiano ainda dava frutos. Foi histórico! Começámos praticamente a perder, logo desde os primeiros minutos, mas a força psicológica da equipa foi inabalável, foi como se o golo não tivesse acontecido. Sempre em cima deles, nem respiraram. E rematado com aquele golo do Postiga, metido por um ângulo apertadíssimo e na passada. Fenomenal!
Embalámos aí para o biénio magico, sob a bitola de Mourinho.

Obrigado, pai!

Um abraço a todos e até para a semana.

Gustavo Rossi

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