terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Assim, sim

Esta semana, o escrito será coisa pouca, muito embora, sejamos justos, a exibição do FC Porto frente ao V. Guimarães merecesse texto do tamanho da bíblia. Sim, que foi a melhor exibição da época. Ou melhor, foi a exibição em que de forma mais profícua se conjugou um bom resultado com um jogo de fazer regalar os olhos a portista que se preze. Outra assim só me recordo de uma: frente ao Zenit. Mas, lá está, empatámos e, na prática, o bom futebol adiantou de pouco, até porque fomos eliminados da Champions por causa desse empate.
Contra o V. Guimarães as coisas foram diferentes. Houve FCP total do primeiro ao último minuto. E, pela primeira vez na temporada, não senti a tremideira de pensar que a coisa poderia dar para o torto depois de eles terem reduzido (num lance em que se juntou uma má decisão do árbitro que redundou num amarelo mal exibido e injusta suspensão de Fernando para o próximo jogo, ao azar de a bola ter batido na barreira, ter enganado Helton e ido parar direitinha à cabeça do autor do golo).
Valeu a reacção posterior do FC Porto. Ou melhor, a continuação do que a equipa tinha mostrado desde o início da partida: motivação, boa circulação de bola e muita inteligência ofensiva e defensiva. O terceiro golo surgiu de penalti, mas se assim não tivesse acontecido teria surgido de outra maneira qualquer, tamanha a exibição azul e branca. Por falar nesse penalti, é mesmo grande penalidade, dúvidas só podem ter aqueles que acreditam que 99,9 por cento dos castigos máximos assinalados a favor do FCP são invenção de um qualquer árbitro corrupto. Mas paranóicos desses estou eu acostumado a ouvir desde que me recordo de ver futebol. Portanto, e para bem da minha sanidade mental, o melhor é ignorá-los e deixá-los continuar a falar sozinhos como quem ouve os discursos daqueles malucos que atiram milho aos pombos enquanto dissertam sobre os males da humanidade. Para esses, a solução é ir-lhes acenando com a cabeça só para os deixar satisfeitos e a pensar que têm toda a razão do mundo, tal qual fossem um cruzamento de Deus e Nostradamus.
Neste jogo, finalmente, deu para ver um pouco de Danilo. Pelas primeiras impressões, muito curtas, é certo, deu para perceber que temos jogador. No entanto, prefiro não atirar foguetes logo após a primeira positiva de um reforço. Deixei de o fazer desde que testemunhei Alessandro (lembram-se dele?) brilhar num particular de pré-época com Standard Liége e julguei estar perante um novo Maradona. O que ele rendeu posteriormente confirmou que me enganei redondamente. Por isso, mais vale estar calado e esperar uns joguitos por mais Danilo antes que me converta precocemente e depois me arrependa largamente…

1 comentário:

  1. Pedro boa análise do jogo!! E eu tbm me lembro do Alessandro!! Que desilusão!!

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