domingo, 15 de julho de 2012

CARLOS BARBOSA DIXIT


Que o senhor é um perfeito analfabeto desportivo, já todos sabíamos. Que os seus rivais estão lá dentro, também. Como “novidade” ficámos a saber que Bruno de Carvalho “é um perigo”, Godinho Lopes “dorme mal” e o senhor, “para já” não se vai candidatar.
Muito pouco. É mesmo uma entrevista à Rascord. Pelo meio, elogia o presidente do Benfica, não se percebendo bem porquê, afinal é o principal adversário (eu ia a dizer único) dos Calimeros. Também uma referência ao nosso Presidente: acha que “apesar dos êxitos fez pouco” e “com Vieira não faz farinha”. Pois não. Só se for em Taças da Liga ou no Torneio Guadiana. Nas competições que interessam, nestes últimos 10 anos, é só fazer as contas, como diria o outro.

Chiça! Ouvir este caramelo deve ter sido um pesadelo para os jornalistas. Há uma parte (mea culpa) que não percebi. Foi quando o senhor disse a propósito da situação fiscal do clube: “O actual Conselho Fiscal fez um trabalho notável no início deste mandato, a negociar a dívida fiscal do Sporting como ninguém fizera até então, não só no valor dos juros, mas no seu protelar.”
Julgava eu na minha ignorância sobre estas matérias, que os conselhos fiscais se destinavam a fiscalizar as continhas apresentadas pelas direcções, mas não. “Eles” é que negoceiam o Passivo. Fantástico! Se “aquilo” correr para o torto (como se prevê), já dá para colocar um processo por gestão danosa aos negociadores.

Quando lhe foi perguntado porque “comparou” o Zbórding ao Barcelona ou Real de Madrid, afirmou que “era uma questão de marketing”. Por esta frase se percebe, por exemplo, o apoio implícito que tinha dado atrás à gestão do presidente do Benfica. É que Vieira quando fala dos direitos televisivos, também invoca os nomes dos clubes espanhóis dizendo que recebem, não sei quantas vezes, mais. Ora, tirando o carácter perfeitamente anedótico da comparação (nem a Lusófona lhe dava “equivalência” como Economista), por aqui se percebe a ignorância do senhor. Interessante que, para fazer valer a sua tese, apontou como exemplo o facto do museu do Barcelona render 2M€/ano. Ora bem. Por cá, para visitar o museu do clube, só mesmo de borla e tinham que pôr a Maria José Valério a cantar o hino do Sporting, e o Moniz Pereira ao piano.

O momento mais palpitante da “entrevista” ficou para o fim. Os jornalistas quiseram saber porque motivo assinou “o tal” contrato de prestação de serviços que viria a servir como ponto de partida para a rocambolesca história de espionagem conhecida de todos. A culpa sobrou, como já se previa, para Paulo Pereira Cristóvão. “Apresentou-me um contrato para assinar dizendo que Godinho Lopes o tinha aprovado, e eu assinei”.

Tive um superior que me disse um dia: “nunca se desculpe com os erros dos outros”!
Faço um pedido à Direcção de Programas da CHIC que prometeu levar lá o homem para se “explicar” em directo. Não façam isso, o homem não vale um charuto. Apetece-me dizer ao cavalheiro: Ó filho vai-te encher de moscas”! Mas a culpa foi minha. Quem me mandou pegar no jornal de cima da arca da OLÁ?

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