Deitou o tapete ao chão

O patrão do clube lá de baixo, acaba de deitar o tapete ao chão, abdicando da competitividade.

São palavras suas, proferidas na remodelação das instalações da casa dos vermelhos de Almada.

Para período eleitoral, numa fuga para a frente, a sacudir a água do capote da irresponsabilidade, convenhamos que  não podia ter arranjado melhor mensagem para o universo eleitoral encarnado, para enganar papalvos,  que passa pela contenção salarial, pela venda de jogadores, mesmo que isso implique a perda de competitividade desportiva e por arrasto, a impossibilidade de obtenção de títulos, o que não é de estranhar, dado que, estes, são uma espécie rara para lá da segunda circular.

Vieira(até me custa pronunciar o nome), ancorou-se na crise económica/financeira para dar a perceber  aos eleitores e, estes, como sempre,  até ver algumas reacções, vão na onda da conformidade que os caracteriza, mais ao menos a modos como não há nada a fazer..

O que o "rei dos pneus" disse, não veio acrescentar nada àquilo que todos nós, portugueses, já sabemos, infelizmente, há muito tempo. A crise económica/financeira a que estamos sujeitos é transversal a todos os sectores da nossa vida colectiva, da qual não se exclui o futebol.

Ora, o Luís(assim é melhor), como sempre, corre atrás do tempo e, quando vai a dar por ela, os outros lá vão, paulatinamente, com prevenção e organização chegando à meta das sucessivas conquistas.

Não disse, o Luís, claro, que a opção ora tomada, resulta da sua incapacidade(e outras) de gestão financeira e desportiva e do descalabro a que levou o seu clube, fruto da passividade(e ainda bem), da acomodação(e ainda bem) dos seus apaniguados que, por sua vez, se deixaram levar pelos contos de fadas, como se os inêxito  fossem  fruto "dos apitos dourados"  "das prostitutas" "e dos controlos".

Se o "tal" fosse sério, teria dito que é muito bom a fazer pneus, a comercializar "outros produtos", a fazer condomínios fechados em Sacavém, fazer negócios tipo Mantorras  etc, etc,etc, mas um péssimo gestor desportivo.

 Teria dito que é tanto mais incapaz, quanto é certo que, por exemplo, em duas épocas não conseguiu colmatar a falha  de um defesa esquerdo, inicia a presente época com 110 jogadores para um plantel completamente desequilibrado e, agora, agravado com (des)castigo do "caceteiro" de que podem resultar sérios danos desportivos.

Teria dito que chegado aqui, com o passivo que se conhece, foi obra do seu consulado,  à beira do descalabro financeiro,à ruína  iminente que nem os activos conseguem suprir aquele.

Acordou tarde para este cenário.

Já outros clubes puseram em prática a contenção financeira, percebendo bem cedo que a mina de oiro das transferências esgotaram, como esgotaram outras fontes de receita

Percebeu tarde que os dias futebolísticos de hoje já não são os mesmos de há um/dois anos atrás.

Mas também não percebeu que as imitações, normalmente, estão longe dos originais.

A "agulha" virada para os lados dos "viscondes", não tem originalidade nenhuma, antes uma cópia mal conseguida.

Poços de petróleo... essa sim é original.

Pudera! O autor tem uma imaginação sem limites e inigualável

José Xavier