sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A vergonha continua mas com mais intensidade...

Comunicado da FC Porto – Futebol, SAD

Após visionamento da lauta conferência de Imprensa do presidente da Comissão Disciplinar da LPFP, vem a Administração da FC Porto – Futebol, SAD salientar o seguinte:

1 – O show off televisivo promovido, uma vez mais a expensas exclusivas do FC Porto, é um procedimento folclórico. Regista-se que só quando a CD da LPFP emite acórdãos que envolvam directa ou indirectamente o clube, sinta a necessidade de prestar contas ao mundo do futebol. Sigmund Freud já explicava esta expiação no início do século passado;

2 – No decorrer desse circo mediático, o presidente da CD da LPFP sublinhou o seu dever de neutralidade, desdizendo a parcialidade apregoada em entrevista recente ao jornal Record, escudando-se em regulamentos e esquecendo a boa ou má fé de quem tem o dever de os interpretar;

3 – O seu discurso, aparentemente sério e objectivo, não ilude a sua antiga atracção pelas câmaras. Apesar da verborreia elaborada, o essencial ficou por abordar: o que é um interveniente no jogo? E porque não comentou o parecer, junto aos autos, de reputado especialista em Direito Desportivo, Prof. Dr. Leal Amado, nem a opinião escrita e falada do Dr. José Manuel Meirim, que asseveram que os Assistentes de Recinto Desportivo não são intervenientes no jogo;

4 – Dissipada esta cortina de fumo, que esconde a questão basilar, resta perguntar ao presidente da CD da LPFP se os maqueiros, os bombeiros, os apanha-bolas, os jornalistas e, até, os vendedores de gelados e de algodão doce, são igualmente intervenientes no jogo, tal como os treinadores, adjuntos, médicos e dirigentes;

5 – Se convocou a Comunicação Social para dizer ao país aquilo que toda a gente já sabia - os atletas do FC Porto reagiram como qualquer bom chefe de família, depois de verbalmente provocados e fisicamente empurrados como gado, por seguranças privados travestidos com um colete -, mais valia que tivesse trancado a vaidade no gabinete, cingindo-se ao recato de um julgador;

6 – Se esta moda pega…;

7 – A louvada autonomia e celeridade apenas serve para mascarar a evidência, sancionada por todos os especialistas em direito: os ARD não são intervenientes no jogo, com reflexos abissais na moldura disciplinar acabada de aplicar;

8 – A consequência prática deste malabarismo é transformar uma moldura penal de um a quatro jogos em degredo desportivo (quatro e seis meses);

9 – A verdade desportiva também não passou por aqui…;

10 – Obviamente, os jogadores Givanildo Vieira de Sousa (Hulk) e Cristian Ionut Sapunaru vão recorrer ao Conselho de Justiça da FPF para reparação de tão grosseira leviandade;

11 – Quanto ao «rebuçado» do Helton, o futebol português, estamos certos, não o vai desembrulhar…

Porto, 19 de Fevereiro de 2010

O Conselho de Administração da FC Porto – Futebol, SAD

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