LEONORES INVISIVEIS

A Senhora Dona Leonor colocou na BOLHA do dia 23/7 mais um chorrilho de asneiras, inverdades e contradições. Tenta descredibilizar a Liga portuguesa chamando à colação o facto do Eduardo que, no seu entendimento, “só foi transferido para o Génova pelo seu desempenho no Mundial da África do Sul”. A seguir, junta-lhe o caso de Fucile que “também se valorizou naquela competição”. Mas, para dar a habitual bicada no FCPorto, acha que o caso do defesa não é bem assim, “o homem não vale nada, é um desastrado e, até Jesualdo Ferreira, se viu forçado a tirá-lo da equipa”. Acerca do jogador de Futsal que andava há muito tempo na caderneta dos cromos para despachar do Jorge Mendes, desta vez, perante a pobreza confrangedora das deambulações da bailarina por zonas do relvado onde nunca estava a bola acha que “o Real de Madrid pagou o preço certo, não embarcando nos desvarios do vendedor”. Interessante a teoria da Senhora acerca da desvalorização e falta de prestígio do nosso campeonato quando, noutras croniquetas, tem vindo a desancar “no fraco valor pago pela SPORTTV ao seu clube comparativamente com outras Ligas”. Se calhar queria que as televisões pagassem pelo mesmo valor os fantásticos espectáculos dos jogos da PREMIERE LEAGUE e a vergonhosa LIGA DOS TÚNEIS.

O Cristo seguinte é o Sporting. A Senhora que, além co-editora de histórias de rameiras, deve ter um curso de Matemática Aplicada faz um estranho exercício com os valores da transferência de João Moutinho para o meu clube. Então é assim: Ponto número 1 (como diz o Portas): a cláusula de rescisão era de 40 milhões. Ponto número 2: o FCPorto pagou 11 milhões e deu um jogador, por acaso um promissor futebolista, Nuno André Coelho. Ponto número 3: Nos cálculos da senhora o nosso jogador foi vendido por 29 milhões! Naturalmente compreende-se a ironia do cálculo. Era o mesmo dizer que a bailarina rendeu os tais 30 milhões porque o Real tinha-lhes prometido que lhes davam prioridade numa futura contratação e faziam um desconto de 15 milhões! O que eu achei engraçado é que o paginador ou lá quem é, provavelmente tinha a cabeça num bolo pelas habituais invenções daquele jornal pensou que era verdade e puxou aquele valor de venda para título de primeira página a ver se enganava os pacóvios e vendia mais meia dúzia de BOLHAS.

Na terceira parte, o jornal do regime faz a montagem de mais um dos andores para esta época. A dupla argentina Gaitán/Jara. E continua: Gaitán “quando se habituar à rispidez” do futebol Europeu… etç. “Habitual rispidez”? Olha quem fala! Uma equipa que tem no seu seio 3 dos maiores charuteiros europeus: Luisão, David Luiz e Javi Garcia, vem agora falar de “rispidez”. Ainda se falasse de “rispidez impune” eu concordava. O outro fantástico das pampas El Jara é “um concretizador”, está tudo dito, mais um candidato a ser penhorado pelo Fundo.

E, por falar em Fundo, abro aqui um parêntesis para corrigir certas declarações que alguns fazem em relação a quem pertence a decisão de vender um jogador. É assim: o atleta quando é colocado no Fundo é avaliado por uma Comissão da qual fazem parte 1 elemento da Direcção, outro do Benfica, e outro do BES. O valor dessa avaliação é o ponto de partida para eventuais negociações. O caso de Di Maria é um bom exemplo. Como estava avaliado pela dita Comissão em 22 milhões de euros, se o Fundo o quisesse vender por esse valor, tinha o pleno direito. Não interessava para nada os valores da cláusula de rescisão nem o valor que o Benfica pretendia. O clube, no caso de não concordar com a venda e querendo ficar com o jogador, pagava ao Fundo os 22 milhões e depois podia negociá-lo como e com quem entendesse.