terça-feira, 29 de março de 2011

RESCALDO DAS ELEIÇÕES

No dia 18 de Março expressei neste nosso interessante blog as minhas dúvidas acerca da forma como decorria a campanha eleitoral no Sporting. Passados 15 dias e, depois dos deploráveis incidentes da madrugada de Domingo, confesso que continuo muito baralhado. Não pela circunstância da eleição para a Assembleia-Geral ter sido feita separadamente dos restantes Órgãos Sociais o que significa, como veio a acontecer, que Eduardo Barroso putativo candidato pela Lista de Bruno de Carvalho acabasse por conseguir o maior número de votos e lá terá que “governar” com Godinho Lopes de quem disse cobras e lagartos, nomeadamente nas suas enfadonhas intervenções no programa Prolongamento, mas pelo facto de continuar sem perceber quem é o Presidente da Assembleia-Geral da Sad. Como é possível um indivíduo que não percebe rigorosamente nada de futebol nem, ao que julgo saber, de Direito, ir dirigir Assembleias-Gerais? Os filhos vão enviar-lhe instruções por SMS?

Admitamos, como simples exercício de retórica, que Eduardo Barroso acumula as funções de Presidente do Clube e da SAD. O que sabe este, ao que dizem ilustre tratador de fígados, sobre a condução de uma Assembleia-Geral da SAD quando tiver que dirimir questões entre accionistas da Banca que no fundo são quem manda no Sporting e os restantes investidores de referência? Saberá reagir se, numa Assembleia, lhe aparecer um Requerimento em cima da Mesa para ser votado de imediato? Como agir em caso de haver Pontos de Ordem à Mesa? Terá conhecimentos jurídicos suficientes para interpretar Estatutos, quando até o Presidente em exercício se viu em palpos de aranha para explicar a desconformidade entre o número de sócios registados à entrada e o número real de sócios votantes? As suspeitas de inconformidades alegadas por Bruno de Carvalho para o esclarecimento sobre este acto eleitoral, levarão da sua parte à convocação duma Assembleia-Geral Extraordinária do Clube como estatutariamente lhe é permitido? E para a SAD não deveriam ser os accionistas a elegê-lo ou, vai ser cooptado como o Godinho Lopes foi? Neste Clube onde tudo é surrealista, não deixa de ser uma forma original de, não tendo investido um tusto em Acções, entrar pela porta do cavalo e passar a mandar em Accionistas de milhões.

A menos que surjam factos novos não creio, contudo, que as "inconformidades" referidas por Bruno de Carvalho, sejam suficientes para impugnar estas eleições. Tratam-se de aspectos formais não contemplados nos estatutos, como por exemplo, fazer uma segunda volta sempre que a percentagem do vencedor seja inferior a 50% e que podem e devem ser revistos urgentemente.

Abraço

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