sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

LÁ VAI MAIS UM ...


O Belenenses está com a corda na garganta e o futuro próximo pode passar pela falência. O Diário de Notícias (em papel) da última quinta-feira dá conta da entrada de um pedido de insolvência no Tribunal Cível de Lisboa, que põe em risco a continuidade do histórico clube lisboeta.
O pedido foi interposto pelo jogador de futsal Rogério Rodrigues dos Santos, conhecido por ‘Formiga’, que alega que o Belenenses lhe deve 10,4 mil euros, correspondentes a seis meses de salários em atraso da época 2010/11.
No processo, segundo o DN, a defesa do jogador justifica o pedido de insolvência com o facto de o clube revelar “total incapacidade económica e patrimonial para cumprir as obrigações”. “A requerida [Belenenses/Clube] tem, nesta data, dívidas superiores a 12 milhões, o que leva a concluir que não possui bens ou rendimentos que lhe permita solver os seus débitos, é economicamente inviável e, consequentemente, encontra-se em estado de insolvência”, lê-se.
A defesa de ‘Formiga’ pretende ainda que o caso seja entregue ao Ministério Público, enquanto representante da Segurança Social e Fisco, para que este requeira igualmente a falência da SAD do clube.
Se o juiz encarregue do caso aceitar o pedido, poderá seguir-se a falência do Belenenses, sendo nomeado um administrador de insolvências, que liquidará o património do clube e o repartirá pelos credores.
Segundo a minha opinião, o actual código da falência que agora se chama insolvência, privilegia uma solução de “entendimento” entre todos os credores, no sentido de tentar tudo para viabilizar o “insolvente”, aliás, é o que se está a passar com o Boavista.
A Direcção do Belenenses impediu a penhora dos equipamentos da equipa antes do jogo com o Atlético, no Sábado passado. Quando a equipa chegou ao Estádio José Gomes, na Reboleira, deparou-se com uma solicitadora e uma advogada, com uma notificação.
Em causa está uma dívida a Baltemar Brito, treinador que esteve apenas um mês no Restelo, substituído por Rui Gregório quando João Almeida assumiu a presidência do clube, em 2010.
Só a intervenção da Direcção impediu a execução da penhora e permitiu que os jogadores tivessem acesso ao vestuário e que o jogo se desenrolasse sem problemas.
Com o “poder” que o Clube ainda deve ter nos meios políticos da Capital, onde proliferam os viscondes e palhaços dos dois Circos da 2ª Circular, é capaz de conseguir aguentar, pelo menos até ao fim desta época.
Por fim, estranho um pedido de insolvência por uma quantia relativamente pequena mas, como não conheço a situação financeira em concreto, irei acompanhando o desenvolvimento como já o fiz com outros clubes.

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